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Meu ...
(vinca carne da boca,
de sempre tropeçar nos próprios pés
- dos passos com uma perna atrás da outra -,
acertei em cair
onde a seguir
cai terra a direito
e receitas de entulho que me possam entupir vias decorações '
mas que venha de -uma só- vez
não pode esticar mais tempo para pensar
que sei de nada e
hei-de compreender
o direito de morrer
e cavar na cal
o fosso noutro lugar
e esconder sem ar
o corpo doutro lugar
e tentar ocultar a face do mal-estar
e habituar o corpo a hibernar.
os monstros só têm espaço para ser monstros.
os monstros vão ser sempre só monstros.
e os monstros vão sempre sofrer monstruosamente.
mãos pretas,
coração apagado.
o que te dói a ti, doi-me a mim a dobrar.
Café. Com café
num terra-a-terra.
Afinal, quem é vocé?
Amarro e quebra o chão
nos próprios pés
Defuntos,
são a mão.
Não/ sente e queda,
em dois / andares, eu te-me calo
Soluços.
Aguenta-te, respiração.
» ímpar » par » ímpar
Ao fulgor dos sentidos em escritas anti-descritas, palpitas,
ó manipuladora das vistas.
Enfeitas em contradição o argumento, já delirante,
na parte traseira dos olhos;
METAfórica ordinária,
que METAmorfoseias onomatopeias ilustradas em ideias baralhadas.
Respiras sorrateira por trás de mim,- moinhoindustrialcinzento-,
e fazes o peixe respirar fora de água, enquanto a criançapercepção,
ó abençoadacarne, se me afunda.
Nesse nosso, agora, desconcreto flutuante.
Não tens nada e tudo. Não sabes o que dizes, mas dizes.
Não são intrigas em saldos, são caldos!
Vieste para jogar com a tua generalidade, mas só há subjectividade.
Ris-te na tua sapientia, de mim, já erectus em penetração funda.
E na impossibilidade de te comer os volumes bidimensionais,
apanho boleia
na superficie esponjosa onde te deitaste e me seduziste, e me fizeste vir.
Fazes-me vir.
Fazes-me ver.
Fazes-me vir pelas formas com que tenho de engolir o que vejo duas vezes.
Pela forma como és a sombra unificante ; insólitamente estimulante
do que tinha nas mãos.
Como nos juntas aos dois, ó dualidade, num só.
Fazemo-la viver.
Aqui está o teu oxigénio.
Vai, vai reflectir-te noutra sombra.
Conversa entre o cérebro que viu, e o cérebro que leu.
A sua benção, Pai Duchamp