Ao fulgor dos sentidos em escritas anti-descritas, palpitas,
ó manipuladora das vistas.
Enfeitas em contradição o argumento, já delirante,
na parte traseira dos olhos;
METAfórica ordinária,
que METAmorfoseias onomatopeias ilustradas em ideias baralhadas.
Respiras sorrateira por trás de mim,- moinhoindustrialcinzento-,
e fazes o peixe respirar fora de água, enquanto a criançapercepção,
ó abençoadacarne, se me afunda.
Nesse nosso, agora, desconcreto flutuante.
Não tens nada e tudo. Não sabes o que dizes, mas dizes.
Não são intrigas em saldos, são caldos!
Vieste para jogar com a tua generalidade, mas só há subjectividade.
Ris-te na tua sapientia, de mim, já erectus em penetração funda.
E na impossibilidade de te comer os volumes bidimensionais,
apanho boleia
na superficie esponjosa onde te deitaste e me seduziste, e me fizeste vir.
Fazes-me vir.
Fazes-me ver.
Fazes-me vir pelas formas com que tenho de engolir o que vejo duas vezes.
Pela forma como és a sombra unificante ; insólitamente estimulante
do que tinha nas mãos.
Como nos juntas aos dois, ó dualidade, num só.
Fazemo-la viver.
Aqui está o teu oxigénio.
Vai, vai reflectir-te noutra sombra.
Conversa entre o cérebro que viu, e o cérebro que leu.
A sua benção, Pai Duchamp
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