segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

escreve-me; eu oiço



acho que não'
sei
ainda não te consegui ouvir,
falas numa língua estranha.
não falamos a mesma língua.
mas oiço-te,
fala-me.

acho que algo te há-de ouvir.
ou não estaríamos aqui
e eu à tua espera,
quando já te ouvi vezes demais.


de que pele és tu moldado?

coisa código imperfeito.

achas que conseguimos falar assim?
eu digo-te

que
há passos dentro de um bolso

a quererem ouvir o mesmo trautear dos teus
para te falarem
da'em língua oblíqua
e quando se-te encontrares com eles,
{ *}
voltamos atrás no tempodeforadobolso
só para ler
que os nossos passos sempre foram em linha torta
,




mas fala,
eu gosto da tua voz.

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