quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

dona Lisboa tem oito patas



spider-rat, spider-rat
does whatever a spider-rat does
can she swing, from a gaiola?
yes she can, she's Lisboa
LOOK OOOOOUT!
she's a spider-rat!

muitas dentadinhas,
mas com doçura!



12/2=0
















demasiada vida interior ;
faz eco lá fora.

e há anos que pesam por uma mão cheia deles




baby peam in shadowphane #1

por ti,
seja bem-vinda qualquer dorzinha de garganta (daquelas com bolinhas de expectoração agarradas e tudo)


de ti, <110
(...)
de mim, <15

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

heal me




nunca chegámos a sair das páginas, mesmo.

{humpty dumpty}

.

introdução ao voo do pássaro Benu #1

ó shore Nebertcher,

faça lá o obséquio de não me partir os ossinhos todos da paciência.

sem mais de momento,


sempre com o coração nas mãos.

- mas some-te!



dás-me dores atrás das vistas

e como elas me pesam


.

escreve-me; eu oiço



acho que não'
sei
ainda não te consegui ouvir,
falas numa língua estranha.
não falamos a mesma língua.
mas oiço-te,
fala-me.

acho que algo te há-de ouvir.
ou não estaríamos aqui
e eu à tua espera,
quando já te ouvi vezes demais.


de que pele és tu moldado?

coisa código imperfeito.

achas que conseguimos falar assim?
eu digo-te

que
há passos dentro de um bolso

a quererem ouvir o mesmo trautear dos teus
para te falarem
da'em língua oblíqua
e quando se-te encontrares com eles,
{ *}
voltamos atrás no tempodeforadobolso
só para ler
que os nossos passos sempre foram em linha torta
,




mas fala,
eu gosto da tua voz.

sábado, 27 de dezembro de 2008

uma

{ não pessoa
.






after that coffee. we will



Café. Com café

num terra-a-terra.

Afinal, quem é vocé?

Amarro e quebra o chão

nos próprios pés

Defuntos,

são a mão.

Não/ sente e queda,

em dois / andares, eu te-me calo

Soluços.

Aguenta-te, respiração.




» ímpar » par » ímpar

in CARDÁPIO





Ao fulgor dos sentidos em escritas anti-descritas, palpitas,

ó manipuladora das vistas.


Enfeitas em contradição o argumento, já delirante,

na parte traseira dos olhos;

METAfórica ordinária,

que METAmorfoseias onomatopeias ilustradas em ideias baralhadas.

Respiras sorrateira por trás de mim,- moinhoindustrialcinzento-,

e fazes o peixe respirar fora de água, enquanto a criançapercepção,

ó abençoadacarne, se me afunda.

Nesse nosso, agora, desconcreto flutuante.


Não tens nada e tudo. Não sabes o que dizes, mas dizes.

Não são intrigas em saldos, são caldos!


Vieste para jogar com a tua generalidade, mas só há subjectividade.

Ris-te na tua sapientia, de mim, já erectus em penetração funda.


E na impossibilidade de te comer os volumes bidimensionais,

apanho boleia

na superficie esponjosa onde te deitaste e me seduziste, e me fizeste vir.


Fazes-me vir.

Fazes-me ver.

Fazes-me vir pelas formas com que tenho de engolir o que vejo duas vezes.

Pela forma como és a sombra unificante ; insólitamente estimulante

do que tinha nas mãos.

Como nos juntas aos dois, ó dualidade, num só.


Fazemo-la viver.


Aqui está o teu oxigénio.

Vai, vai reflectir-te noutra sombra.



Conversa entre o cérebro que viu, e o cérebro que leu.


A sua benção, Pai Duchamp

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

sauda.sois


Ode,
a um ciclo novo,



porque sou eu quem te move em espiral, não as datas
.
com um pé neste ano d'infinito,
para que possa saber onde por o outro; na mudança.

porque não sou eu que faço parar o chão de onde me ergo.

where is the line?
aos de passagem, ou não.

susana*